Da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Moradores de Angra dos Reis, município do litoral sul fluminense, e funcionários da Usina Nuclear Angra 2 participaram hoje (1º) de uma simulação de acidente radioativo na Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto. Pela primeira vez, foi feito um treinamento, que durou dois dias, para o caso de vazamento simultâneo nas duas usinas (Angra 1 e Angra 2). O objetivo do treinamento foi localizar pontos vulneráveis e melhorar os procedimentos de segurança.
O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, órgão central do Sistema de Proteção ao Programa Nuclear Brasileiro (Sipron), foi responsável pela coordenação do exercício. Já o detalhamento das ações esteve a cargo do Comitê de Planejamento de Resposta a Situações de Emergência Nuclear, no município.
A simulação serviu para mostrar como deve ser feita a retirada dos trabalhadores da central nuclear e dos moradores das casas localizadas até 5 quilômetros de distância das usinas. Também ocorreu a simulação da transferência de helicóptero de vítimas da radioatividade do Centro de Medicina das Radiações Ionizantes (CMRI), na Vila de Mambucada, para o Hospital Naval Marcílio Dias, na zona norte do Rio.
O subsecretário estadual de Defesa Civil, Jerri Andrade, ressaltou a importância do exercício para educar a população para uma situação real de acidente. “Este é o objetivo do exercício: além de treinar as equipes que participam da pronta resposta à situação de emergência, também objetiva dar uma oportunidade para que a população participe. Para conhecer os procedimentos, fizemos, nesta simulação, algumas melhorias no acionamento [de emergência] e na distribuição de iodeto de potássio à população”, disse.
Edição: Aécio Amado