Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A 15ª Bienal do Livro do Rio de Janeiro abre as portas ao público ao meio-dia, em três pavilhões do Riocentro, zona oeste da cidade, com a expectativa de atrair cerca de 600 mil visitantes até o dia 11. “A gente está achando que esta Bienal tem tudo para ser a melhor de todas”, disse à Agência Brasil a presidente do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel), entidade organizadora do evento, Sonia Jardim.
Durante os 11 dias de duração da Bienal, 950 expositores oferecerão seus produtos ao público, em uma área que cresceu 20% em relação à Bienal anterior, de 2009. O faturamento projetado alcança R$ 53 milhões e deverá repetir o número registrado na edição anterior.
O projeto totalizou investimentos de R$ 27 milhões, sendo R$ 4,2 milhões investidos na programação cultural. Esse valor foi 2,5 vezes superior ao total investido na programação cultural em 2009. A ideia é aproximar os visitantes dos escritores e de suas obras, apostando na diversidade.
A Bienal Rio 2011 vai repetir atrações que fizeram sucesso em 2010. Entre elas, o Café Literário, que traz 38 sessões de debates e conversas informais entre escritores e leitores. No Mulher e Ponto, autoras de livros que retratam variados temas de interesse feminino conversarão e trocarão ideias em 16 sessões.
No espaço Livro em Cena, atores e atrizes lerão para o público textos de obras clássicas da literatura. Estão programados ainda o Encontros com Autores e a Conexão Jovem.
Mil títulos serão lançados na Bienal do Rio. “Para o editor, esse é o grande momento do setor”, disse Sonia Jardim. Ela avaliou que o período, marcado pela maior propaganda sobre livros nos jornais e na televisão, acaba estimulando a leitura no país. “As feiras têm esse objetivo de trazer o livro para o holofote.”
Segundo a presidente do Snel, na Bienal passada, a média foi de cinco livros vendidos para cada pessoa. “74% do público saíram da Bienal carregando uma sacola”. Muitas editoras usam a estratégia de promover campanhas de descontos progressivos durante a Bienal, com o objetivo de ampliar as vendas e, ao mesmo tempo, aumentar o número de leitores. O Snel prevê que serão vendidos durante o evento 2,5 milhões de exemplares.
Essa é a primeira vez que a Bienal do Livro do Rio de Janeiro homenageia o Brasil. “Surgiu a ideia de aproveitar esse momento positivo que o Brasil tem, inclusive no exterior”. Sonia lembrou que o Brasil será homenageado também, em 2012, na Feira de Bogotá, na Colômbia; em 2013, na Feira de Frankfurt (Alemanha); e em 2014, na Feira de Bolonha, na Itália. “Então, resolvemos começar o dever de casa, em casa”, disse Sonia.
Nesta edição, participarão 21 autores estrangeiros e 120 brasileiros. O programa de visitação tem garantido o ingresso de 170 mil crianças, em dias reservados para elas. Os estudantes inscritos previamente recebem a Nota da Bienal, que é um vale de R$ 5, que poderá ser trocado por um livro.
Ainda para o público infantil, haverá um novo espaço, o Maré de Livros, no qual crianças e adolescentes poderão interagir e divertir-se com palavras. Na Biblioteca Mirim, o público infantojuvenil poderá ouvir seis sessões diárias de histórias.
Essa será ainda a primeira bienal que oferecerá um espaço dedicado aos livros eletrônicos, os chamados e-books, oferecendo aos visitantes a oportunidade do primeiro contato com novas tecnologias e equipamentos do mundo editorial, como tablets (computadores de prancheta) e e-readers (livros digitais).
A abertura oficial está prevista para as 15h30, com a presença da presidenta da República, Dilma Rousseff, dos ministros da Educação, Fernando Haddad, e da Cultura, Ana de Hollanda, além do governador, Sergio Cabral, e do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes.
Edição: Talita Cavalcante