Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A União Europeia (UE) analisa a possibilidade de suspender as sanções a 30 empresas líbias da área de petróleo e portos. A decisão deve ser formalizada amanhã (1º), durante a reunião, em Paris, coordenada pelo presidente da França, Nicolas Sarzozy, e com presenças de líderes de 50 países. As sanções atingiram 50 entidades líbias e 42 pessoas.
De acordo com diplomatas europeus, um primeiro acordo técnico foi apresentado hoje (31) pelos peritos da União Europeia para as delegações dos 27 países que integram o grupo. Se aprovada, a decisão só entrará em vigor na sexta-feira (2), depois da publicação no jornal oficial da UE.
No início deste mês, a União Europeia aprovou um novo pacote de sanções ao governo do líbio Muammar Khadafi envolvendo a companhia petrolífera Al Sharara e o organismo responsável pelo desenvolvimento dos centros administrativos (Odac) – que estavam diretamente ligadas ao líder.
Na prática, as sanções afetam as empresas e sociedades líbias por meio do congelamento de bens e o pagamento de fornecedores. Anteriormente, em maio, os europeus haviam decidido congelar os ativos da companhia aérea líbia Afriqiyah. Depois, decretaram o congelamento dos ativos na Europa de seis autoridades portuárias controladas pelo regime.
Em fevereiro, a União Europeia aprovou um embargo à venda de armas e de todos os materiais que pudessem servir os propósitos da repressão. Os rebeldes líbios controlam grande parte do país, mas continua a desconhecer-se o paradeiro do coronel Muammar Khadafi, que liderou a Líbia nos últimos 42 anos.
Amanhã, em Paris, Sarkozy pretende propor aos líderes da comunidade internacional que façam um esforço conjunto para ajudar a oposição no processo de reconstrução da Líbia. O Brasil foi convidado, mas ainda não se manifestou oficialmente sobre como participará da reunião.
*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa.
Edição: Lana Cristina