Bruno Bocchini
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, disse hoje (31) que será implacável com os grevistas do serviço público funerário do município. De acordo com ele, já foi pedida a substituição dos trabalhadores que estão parados, a realização de novos concursos e a autorização para contratações emergenciais.
“Greve em serviço essencial é chantagem, e a prefeitura não aceita chantagem. Fui eleito pela população para adotar medidas, quando necessárias, duras. Eu posso afirmar: seremos duros, seremos implacáveis, porque é inadmissível a greve de um serviço como esse”, disse.
O movimento, iniciado ontem (30), foi mantido hoje. Os trabalhadores vão decidir em assembleia amanhã (1º) os rumos da greve. Com a falta de funcionários nos cemitérios, a prefeitura colocou em ação uma operação especial para garantir o funcionamento do serviço funerário. Agentes da Guarda Civil Metropolitana e funcionários terceirizados trabalharam em lugar dos servidores grevistas.
Apesar das medidas anunciadas pelo prefeito, os grevistas disseram que vão manter a reivindicação de reajuste salarial de 39,79%. A prefeitura propõe aumento de 15% no piso salarial. “Estamos em mobilização nos locais de trabalho, e faremos amanhã uma manifestação em frente ao gabinete do prefeito. Vamos buscar o que é nosso”, disse João Batista Gomes, diretor do Sindicato dos Trabalhadores na Administração Pública e Autarquias no Município de São Paulo.
O serviço funerário municipal tem 1.336 servidores. Eles são responsáveis pelos enterros e transporte dos corpos.
Edição: Aécio Amado