Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) divulgou nota nesta quinta-feira (11) na qual ressalta que há sinais de “agravamento” do emprego industrial no país, conforme mostrou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) pela manhã, ao divulgar retração de 0,2% no número de vagas na indústria no mês de junho (em relação a maio).
De acordo com o Iedi, a taxa de variação apontada pelo IBGE “confirma o fraquíssimo desempenho” do setor industrial na geração de empregos, verificado desde agosto do ano passado. Período no qual a oferta de empregos na indústria avançou apenas 0,3%, em decorrência da queda do ritmo da produção, provocada pela perda de competitividade dos preços brasileiros em relação aos de bens importados e pelo baixo crescimento da economia nacional.
O Iedi ressalta que, mais grave do que a retração em si, é o recuo do emprego industrial em São Paulo, que foi -1,5% em junho, comparado com o mesmo mês do ano passado; -0,8% em maio e -0,3% em abril. Ou seja: três meses seguidos de retração a taxas cada vez mais negativas. O instituto destaca que, em razão da elevada participação da indústria paulista na geração de empregos, “a tendência que se pode traçar para o mercado de trabalho do setor não é nada favorável”.
O IBGE constatou que o número de horas pagas na indústria caiu 0,6% em junho, comparado a maio, e o Iedi acrescenta que os resultados nesse segmento são fracos desde março, e isso se constitui em indicativo de que “o emprego poderá sofrer novos reveses nos próximos meses”. De acordo com o Iedi, depois de ficar praticamente estagnado nos últimos 11 meses, parece que o emprego industrial começa a encolher diante das adversidades que a indústria vive no plano da produção.
Edição: Vinicius Doria