Danilo Macedo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, disse hoje (9), após saber da prisão de 38 pessoas ligadas ao Ministério do Turismo, também comandado pelo PMDB, não acreditar em uma conspiração contra seu partido. “Tenho certeza de que não há nenhum movimento articulado, não há uma teoria conspiratória de alguém que queira derrubar este ou aquele partido.”
Rossi, que ontem respondeu, pela segunda semana consecutiva, a denúncias de irregularidades dentro do ministério, considera que existe mais fiscalização e informação. “Há uma tendência de que, cada vez mais, haja fiscalização pelos órgãos competentes, e pela imprensa, como uma força que alerta para algumas deficiências no nosso sistema administrativo. Tudo isso gera mais informação do que no passado”, disse
Em relação ao Ministério do Turismo, Rossi disse confiar na elucidação das denúncias. “Tenho certeza que as coisas nesse ministério, que é conduzido por uma pessoa muito íntegra, o ministro Pedro Novais, serão esclarecidas da mesma forma que nós esclarecemos aqui.”
O ministro repetiu que as denúncias não representam uma crise política, mas reconheceu que está estudando mudanças para melhorar a atuação da pasta. “Como vocês sabem, a presidenta Dilma é muito severa e, embora não haja nenhuma irregularidade grave em nenhum órgão do ministério, claro que mudanças para melhorar são sempre possíveis”, disse. Entre as alterações, Rossi disse que pretende dar mais voz aos técnicos.
Ao sair da coletiva de imprensa em que falou sobre o levantamento da safra 2010/2011 de grãos, o ministro disse que as denúncias não o abalam e que está “mais firme do que uma rocha”. Amanhã (10), Rossi vai à Comissão de Agricultura do Senado prestar esclarecimentos sobre denúncias de irregularidades em sua pasta, ampliadas esta semana com suposto envolvimento de seu ex-secretário executivo, que pediu demissão do cargo no último sábado.
Edição: Talita Cavalcante