Iolando Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Os policiais acampados na Câmara dos Deputados passarão a noite dentro do plenário Nereu Ramos. O presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS), autorizou que os policiais e seus parentes passem a noite no local onde fizeram as manifestações no dia de hoje, segundo informações da assessoria da presidência da Casa.
Deputados defensores da aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC 300), que cria um piso salarial nacional para policiais e bombeiros militares, acompanhados de policiais e bombeiros tentaram conseguir a assinatura do líder do PT, deputado Paulo Teixeira (SP), para a inclusão da proposta na pauta de votações da Câmara.
Nas proximidades do plenário da Câmara alguns militares mais exaltados chegaram a agredir verbalmente o deputado Paulo Teixeira por ele não assinar o requerimento e, assim, não deixar que a PEC seja levada à votação. Os policiais, em tom alto de voz, afirmavam que os deputados ganham mais de R$ 26 mil enquanto que eles ganham R$ 960.
O líder petista prometeu reunir sua bancada nos próximos dias para decidir se assina ou não o requerimento para inclusão da PEC na pauta. O deputado João Campos (PSDB-GO), que lidera o movimento pela aprovação da PEC, disse que o único líder partidário que ainda não assinou o requerimento é o petista Paulo Teixeira.
Durante as reuniões de mobilização, que ocorreram na tarde desta terça-feira, os policiais e bombeiros militares ameaçaram uma paralisação nacional, por tempo indeterminado, caso a PEC não seja pautada para votação. Amanhã, o presidente da Câmara vai receber uma comitiva de parlamentares e policiais para conversar sobre a votação da proposta.
Edição: Rivadavia Severo