Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O agravamento dos distúrbios em Londres e em várias cidades da Grã-Bretanha, por enquanto, não motivou os brasileiros que vivem no país a pedir ajuda à Embaixada do Brasil. Cerca de 180 mil brasileiros vivem na região. O Ministério das Relações Exteriores informou hoje (9), por meio de sua assessoria de imprensa, que ainda não recebeu quaisquer tipos de solicitação com pedidos de apoio.
Há três dias, a Grã-Bretanha enfrenta uma onda de protestos. A primeira morte foi confirmada hoje pelas autoridades britânicas. Um homem de 26 anos morreu depois de ser baleado em um automóvel durante os tumultos registrados ontem (8) na capital. Segundo policiais, ele não resistiu aos ferimentos.
Especialistas avaliam que os distúrbios são causados pela elevação do número de desempregados e pelas dificuldades econômicas. A violência dos protestos é maior nas regiões mais pobres das cidades. Há registros de saques, ataques a policiais e embates entre autoridades de segurança e manifestantes. Cerca de 450 pessoas foram presas em três dias de manifestações.
O primeiro-ministro David Cameron fez hoje um pronunciamento à nação em que condenou os distúrbios e avisou que os responsáveis pelos ataques "vão sentir a força da lei". "Se vocês têm idade suficiente para cometer esses crimes, têm idade suficiente para enfrentar as punições."
Cameron anunciou a suspensão de férias e folgas de policiais, o aumento do número de oficiais nas ruas de 6 mil para 16 mil e a reconvocação do Parlamento. O primeiro-ministro prometeu restabelecer a ordem no país. "Vocês não estão apenas destruindo as vidas dos outros, vocês não estão apenas destruindo suas comunidades, vocês estão potencialmente destruindo também suas próprias vidas", disse ele.
Edição: Juliana Andrade