Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – O recado mais significativo que o governo passa com a nova política industrial é “o reconhecimento, pelo governo, do papel da indústria no desenvolvimento do país”, afirmou hoje (2) o diretor-superintendente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Fernando Pimentel.
Para ele, as medidas são coerentes e envolvem “não só os aspectos ofensivos, de competitividade e inovação, como também os aspectos defensivos, decorrentes dessa guerra que o mundo está vivendo por mercados e por empresas”.
Pimentel considerou positiva a redução a zero da alíquota de 20% para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), atualmente incidente sobre a folha de pagamento, o que, para ele, “marca o início de um processo de teste para a desoneração da folha de pagamento de setores intensivos em mão de obra”. O projeto piloto envolve os setores de confecção, calçados, móveis e software.
O presidente da Abit avaliou que as medidas para conter as importações irregulares são coerentes, mas disse considerar que foi apenas um ponto de partida. “Eu entendo isso como um tiro de largada e não como uma fita de chegada. O plano é bem-vindo, está estruturado e atende a várias demandas da indústria. Mas a agenda [do desenvolvimento industrial] tem outras coisas que terão de ser discutidas mais à frente, logo após o início de implementação desse conjunto de propostas que foram apresentadas”.
Edição: Lana Cristina