Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O impasse envolvendo o governo do presidente do Chile, Sebastián Piñera, estudantes e professores pode estar próximo do fim. Na próxima sexta-feira (5), estudantes e professores se manifestarão sobre a proposta apresentada ontem (1º) pelo Ministério da Educação. A decisão foi anunciada pela porta-voz da Confederação dos Estudantes do Chile, Camila Vallejo.
Para estudantes e professores, é essencial uma reforma no sistema educacional do país. Professores e estudantes reivindicam mais investimentos no ensino superior e o fim da municipalização do ensino básico e fundamental.
Depois de meses de protestos e manifestações, o ministro da Educação do Chile, Felipe Bulnes, preparou a proposta com 21 medidas que incluem como garantia constitucional o direito a uma educação de qualidade assegurada pelo Estado. Também há definições para aumento de investimentos em subsídios escolares, com ênfase para os alunos mais vulneráveis.
Anteontem (31), Piñera apelou para que a população se una em torno da melhoria do ensino. “Eu chamo a todos para um grande aliança nacional. Só unidos vamos conseguir garantir uma educação de qualidade que as nossas crianças e jovens precisam”, disse ele.
Por vários dias seguidos, a capital chilena, Santiago, e várias cidades do interior do país viveram manifestações lideradas por estudantes e professores. Houve confrontos entre manifestantes e policiais, registro de feridos e detenções. O governo antecipou as férias escolares na tentativa de conter os protestos.
*Com informações da emissora multiestatal de televisão, Telesur, com sede em Caracas, na Venezuela. Edição: Graça Adjuto