Da Agência Lusa
Brasília – Há um ano, 33 trabalhadores ficaram soterrados por 70 dias no Chile, em uma mina de carvão, no Norte do país. O primeiro ano do acidente será lembrado hoje (2) com uma cerimônia religiosa perto do local do soterramento, no Deserto de Atacama, a 800 quilômetros da capital chilena, Santiago.
O resgate dos 33 mineiros foi acompanhado ao vivo no Brasil e em outros países. A emissora estatal de televisão do Chile, VTN, transmitiu a operação. Até o fim dos trabalhos, havia apreensão sobre o estado de saúde dos trabalhadores.
Apenas em 22 de agosto de 2010, os mineiros conseguiram enviar para o exterior da mina uma mensagem em papel, na qual escreveram: “Estamos bem no refúgio, os 33”. As atividades para lembrar o acidente serão concluídas no dia 13 de outubro – data que marcou o fim do resgate dos trabalhadores. Desde então, os mineiros têm recebido vários convites para participar de palestras e até de filmes e livros para relatar a experiência.
A expectativa é que o presidente do Chile, Sebastián Piñera, prepare para breve os termos das pensões concedidas a 14 dos 33 mineiros. Eles deixaram definitivamente a atividade, alegando consequências físicas e psicológicas do acidente.
No último dia 15 de julho, 31 dos 33 mineiros ingressaram com uma ação judicial contra o Estado chileno, no valor de cerca de 11,25 milhões de euros. Se ganharem, cada um dos requerentes poderá receber perto de 380 mil euros.
Os trabalhadores alegam que houve negligência do Serviço de Geologia e de Mineração do Chile e que não foram cumpridas as medidas de fiscalização necessárias na mina onde houve o acidente.