Isabela Vieira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - As vítimas de trânsito receberam do Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre (Dpvat) R$ 1,1 bilhão no primeiro semestre. O valor é 15,04% superior aos R$ 977,3 milhões pagos pela administradora no mesmo período de 2010. O montante inclui indenizações em casos de morte, invalidez e despesas médicas.
De acordo com a Seguradora Líder, responsável pelos repasses, o trânsito no Brasil matou 147 pessoas por dia, entre 1 de janeiro e 30 de junho deste ano. Ao todo, 26.894 pessoas morreram nesse período (cerca de 2 mil pessoas a mais que no primeiro semestre de 2010) e 107.403 ficaram com algum tipo de invalidez, número que aumentou em quase 30 mil de um período para o outro.
Toda pessoa que sofre um acidente de transito tem direito ao seguro. No caso de morte o valor é R$ 13,5 mil e de invalidez permanente pode chegar a R$ 13,5 mil. Para reembolso com despesas médicas, são disponibilizados R$ 2,7 mil.
Ao divulgar os dados hoje (27), no Rio, a administradora ressaltou que o acidentado tem até três anos para solicitar o pagamento do benefício.
De acordo com o diretor-presidente da Seguradora Líder Dpvat, Ricardo Xavier, o Brasil é o quinto país em número de acidentes de trânsito no mundo e, até o final do ano, as estatísticas devem subir.
"Pagamos no primeiro semestre do ano 2,5 indenizações por minuto", afirmou Xavier. "Isso é um retrato do que está acontecendo nas estradas. Ou seja, ultrapassamos o pagamento de R$ 1 bilhão e ate o final ano devemos chegar R$ 2,5 bilhões, infelizmente", estimou.
O boletim estatístico da seguradora também mostra que no período, os homens (76%) de 25 a 34 anos foram a maioria das vitimas do trânsito. Boa parte (60%), pilotava motos, envolvidas em 66% dos acidentes no país. As mulheres motoristas somaram 7% das vitimas.
"A maioria dos motociclistas é homem e como estão mais e expostos sofrem mais acidentes", explicou Ricardo Xavier.
A região onde ocorreram mais acidentes foi a Sudeste (38%), seguida da Nordeste (26%), Sul (18%) e Centro-Oeste (10%).
Edição: Talita Cavalcante// A matéria foi ampliada às 13h19.