Patriota reconhece que relação comercial entre Brasil e Argentina exige atenção

27/07/2011 - 16h36

Débora Zampier
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Na semana em que a presidenta argentina Cristina Kirchner visita o Brasil, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, minimizou hoje (27) a crise comercial entre os dois países. “Quando você tem uma relação comercial intensa, é natural que surjam situações que exigem atenção. É assim que acontece com qualquer relacionamento comercial bilateral da importância deste que temos com a Argentina”, disse Patriota.

De acordo com o chanceler, a crise comercial não será o tema principal da visita de Kirchner, mas deve constar na agenda que começa na próxima sexta-feira (29). “Questões comerciais têm seus canais habituais já consolidados no diálogo do ministro Pimentel [Fernando Pimentel, ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior] com a ministra Débora Giorgi [ministra da Indústria argentina]”.

Desde meados deste ano, intensificaram-se as trocas de acusações do setor industrial dos dois países sobre restrições para entrada de produtos. Na Páscoa deste ano, por exemplo, as cargas de caminhões brasileiros abastecidos com ovos de chocolate foram perdidas devido à demora para entrar na Argentina. No dia 12 de maio, o Brasil impôs barreiras à importação de carros de todos os países, mas a decisão foi vista como uma retaliação à Argentina.

De acordo com Patriota, a visita de Cristina, que começa às 11h, seguirá protocolo sem novidades: reunião bilateral seguida de uma reunião ampliada, contato com a imprensa e almoço no Itamaraty. Mais tarde, Cristina irá inaugurar a nova sede da Chancelaria argentina em Brasília .

Patriota disse que haverá um comunicado conjunto semelhante ao adotado na visita de Dilma a Buenos Aires, com avaliação de áreas de cooperação como a espacial, nuclear, financeira e a coordenação dentro do G20. “Acho que será uma excelente oportunidade para fazermos uma avaliação aqui do percurso já transcorrido nesses primeiros meses desde que a presidenta Dilma esteve em Buenos Aires”.

 

 

Edição: Rivadavia Severo