Daniel Mello
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – As medidas anunciadas hoje (27) pelo governo para conter a valorização do real atenderam aos pedidos do setor manufatureiro, segundo o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf. “O governo precisava tomar providências contra a especulação no mercado futuro. E uma providência que o governo tomou foi colocar imposto de 1% sobre o IOF [Imposto Sobre Operações Financeiras].” A taxa de 1% incide sobre operações de câmbio no mercado futuro com valores acima de US$ 10 milhões.
Para Skaf, a medida “tende a ser positiva”, mas não resolve o problema definitivamente. Ele defende a adoção de compensações para que a indústria ganhe competitividade e supere as dificuldades impostas pelo câmbio desfavorável. “Não há uma medida milagrosa que vá resolver o câmbio para o mês que vem. Então, há a necessidade de que hajam medidas compensatórias.”
O presidente da Fiesp ressaltou que o dólar barato “artificialmente” facilita as importações, o que prejudica a indústria nacional. Ao mesmo tempo, faz o produto nacional ficar mais caro no exterior. Por isso, ele cobrou a adoção de outras medidas pelo governo, como a desoneração da folha de pagamentos.
Edição: João Carlos Rodrigues