Iolando Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O senador Blairo Maggi (PR-MT), o mais cotado pelo partido para assumir o Ministério dos Transportes, deverá declinar da indicação para a pasta. Segundo a assessoria do senador, a tendência é que ele recuse a indicação do partido o cargo, por entender que há conflito de interesses entre sua vida empresarial e a função de ministro de Estado.
Na tarde de hoje (8), o senador reuniu-se com executivos do seu grupo empresarial para analisar e discutir se haveria impedimentos e implicações entre a posse no ministério e a gestão das empresas dele. Segundo assessores de Blairo, no encontro, a conclusão foi que haveria, sim, conflito de interesse no caso de o senador assumir a pasta dos Transportes.
A assessoria do senador informou ainda que ele não se pronunciará oficialmente sobre o convite para o ministério até segunda-feira (11). Nesta semana, Blairo disse que gostaria primeiro de ouvir o depoimento do diretor-geral afastado do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antonio Pagot, em audiência pública conjunta das comissões do Senado. A audiência estava prevista para quarta-feira (13), mas foi antecipada para terça.
O líder do PR na Câmara dos Deputados, Lincoln Portela (MG), disse que, na quarta-feira, os negociadores do partido para a indicação do novo titular do Ministério dos Transportes – o líder do PR no Senado, Magno Malta (ES), Blairo Maggi e ele – vão se reunir para analisar os nomes que serão apresentados à presidenta Dilma Rousseff, a quem cabe a decisão final.
Portela ressaltou, no entanto, que a reunião dependerá do tempo político, que é diferente do tempo real, ou seja, ela poderá ser antecipada, dependendo de alguma manifestação da presidenta Dilma Rousseff sobre o assunto.
Edição: Nádia Franco