Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O trabalho do ombusdman em um veículo de comunicação dá qualidade ao conteúdo das mídias, pois indicam que as empresas de comunicação estão abertas a receber as críticas de seus leitores, ouvintes ou telespectadores, a avaliação é de Alicia Shepard, ombusdman da Rádio Pública Nacional (NPR, sigla em inglês), dos Estados Unidos.
Alícia Shepard, participou hoje (1º) do último dia do Seminário Internacional de Mídias Públicas: Desafios para o Século 21, organizado pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC) e a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
Segundo ela, a presença do ombusdman possibilita uma ligação do público com as redações e serve para controlar a qualidade do trabalho desenvolvido dentro de uma empresa de comunicação. “É uma espécie de controle de qualidade porque os editores estão ocupados demais para cuidar desse tipo de assunto”, disse.
De acordo com Alicia Shepard, a contratação de um ombusdman dá credibilidade às mídias, pois indicam que as empresas estão abertas a receber as críticas dos leitores, ouvintes ou telespectadores, e contribui para melhorar o trabalho de editores e repórteres.
Alicia Shepard chama atenção para a necessidade das empresas não deixarem de explicar ao público o funcionamento do processo de produção do material jornalístico. Segundo ela, a maioria das pessoas desconhece como é que surge uma notícia e o trabalho dos jornalistas. “É crucial explicarmos ao público como nós trabalhamos”, disse.
O superintendente de Comunicação Multimídia da EBC, Nelson Breve, que atuou como moderador do painel Comunicação Pública no Cenário Convergente: Desafios e Oportunidades, disse que a EBC tem ouvidores para a TV Brasil, rede de rádios e para a Agência Brasil. Segundo ele, esses ouvidores atuam como um ombusdman.
Edição: Aécio Amado