Daniel Lima, Kelly Oliveira e Yara Aquino
Repórteres da Agência Brasil
Brasília – O representante da União Nacional por Moradia Popular, Vidal Barbosa, afirmou que vê com bons olhos a segunda etapa do Programa Minha Casa, Minha Vida, pelo fato dos recursos terem sido ampliados e também porque, em sua opinião, houve uma melhor distribuição das verbas para favorecer “as classes menos favorecidas”.
Ele ressaltou que o programa ficou menos desburocratizado e terá uma maior fiscalização no controle da construção das casas. “Não é só fazer casa, é fazer casa com qualidade. E vi que o governo tem essa preocupação. O movimento fica feliz”, disse.
Barbosa acredita que, nessa segunda fase, qualquer problema de infraestrutura deve ser resolvido. Ele elogiou a ampliação da área construída, por habitação, para a melhoria da acessibilidade, bem como a previsão de portas e janelas maiores, a colocação de azulejos em todas as paredes da cozinha e banheiro e de piso cerâmico em todos os cômodos e aquecimento solar em todas as casas.
“É preciso fazer casa e colocar tanto água quanto o esgoto. Energia quanto o transporte. Senão, nós vamos fazer casa lá no meio dos cerrados onde as pessoas não têm condições de acesso a transporte e, consequentemente, ao trabalho”, lembrou.
Embora afirme que o programa melhora a vida de famílias carentes, Barbosa admite que o Minha Casa, Minha Vida não resolverá todos os problemas de moradia no país. “Esse programa melhora muito a vida daquelas famílias que mais precisam. Mas a demanda é muito maior do que o que está disponível de recursos”.
Pelos cálculos da União Nacional por Moradia Popular, a demanda atualmente é de 8 milhões de moradias e os recursos disponíveis atendem a pouco mais de 2 milhões de famílias. Barbosa defendeu a Proposta de Emenda à Constituição 285, que vincula receitas da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios aos fundos de Habitação de Interesse Social. “Só resolveremos os problemas da moradia com recursos perenes. Nós temos a PEC 285, que tramita no Congresso Nacional, e pedimos o apoio da presidenta [Dilma Rousseff] para a gente ter esses recursos”.
Segundo ele, só assim, em 10 ou 12 anos, será possível zerar o déficit habitacional. “Precisamos de uma política constante, para a frente, porque, a cada dia, a população cresce, mais gente se casa e precisa de moradia”.
Edição: Lana Cristina