Thais Leitão
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – As empresas que operam no litoral do Rio de Janeiro produzem juntas, em média, 1,5 milhão de barris por dia. Já a produção de gás é de cerca de 51,3 milhões de metros cúbicos. Esse total representa 80% da produção nacional.
Os dados foram divulgados hoje (16) pelo coordenador de Economia Mineral e Petróleo do Serviço Geológico fluminense, Márcio Serrão, com base no banco de dados de um mapa lançado pelo órgão durante a Conferência Internacional da Indústria de Petróleo e Gás (Brasil Offshore). O evento é considerado um dos maiores do segmento em todo o mundo e prossegue até amanhã (17), em Macaé (RJ).
De acordo com Serrão, embora não seja possível dimensionar, pelo mapa, a área de produção da Petrobras, os dados confirmam que a estatal é a principal empresa exploradora da atividade, sendo os maiores blocos em sua área de concessão. É o caso do Roncador, que tem produção estimada em 303 mil barris por dia, segundo o Serviço Geológico.
O coordenador ressaltou, no entanto, que esses volumes tendem a aumentar nas próximas décadas, com a entrada em operação de empresas que atualmente fazem apenas atividades de pesquisa em campos da região. Hoje, cinco companhias produzem petróleo no litoral fluminense, entre elas, além da Petrobras, a Devon Energy e a Exxon. Já em fase de pesquisa há onze empresas. Entre as principais estão a OGX e a British Petroleum (BP).
“O bloco é como se fosse um grande terreno no mar que você pode explorar. Só que, em cada bloco, são feitos vários poços e cada um deles funciona como um duto, retirando óleo do mar. Então, a potencialidade das áreas é muito grande e só teremos um panorama real quando todas as pesquisas das empresas que têm concessão naquela área forem feitas e muitas estão apenas começando”, afirmou.
Serrão também destacou que apenas cinco dos 92 municípios fluminenses não recebem recursos provenientes da exploração do combustível fóssil em forma de royalties. Todos eles estão localizados na região do Vale do Paraíba. Por outro lado, os que têm as maiores arrecadações são Macaé e Campos dos Goytacazes, no norte do estado, e Rio das Ostras, na Região dos Lagos.
Edição: Lana Cristina