Ki-moon aguarda apoio do Conselho de Segurança para sua manutenção à frente da ONU

16/06/2011 - 16h38

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Candidato único para a Secretaria-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), o coreano Ban Ki-moon, de 66 anos, tenta a reeleição. A principal sinalização sobre sua manutenção no cargo deve ocorrer amanhã (17) por meio do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Se o órgão apoiar a candidatura dele, a tendência é que a Assembleia Geral ratifique a decisão no próximo dia 21. Em campanha, Ki-moon encerra hoje seu périplo pela América do Sul.

Na passagem pelo Brasil, Ki-moon defendeu a ampliação do espaço nos organismos internacionais destinado aos países sul-americanos. Evitando temas controvertidos, o secretário-geral apoiou a reforma no Conselho de Segurança, mas não indicou ser favorável à possibilidade de o Brasil ocupar um assento permanente.

Nas conversas com as autoridades brasileiras, o secretário-geral disse que a Cúpula Rio+20, que ocorrerá de maio a junho de 2012 no Rio de Janeiro, será um evento histórico. Segundo ele, a proteção do meio ambiente aliada ao desenvolvimento sustentável faz parte da nova ordem mundial. De acordo com Ki-moon, é fundamental fixar e seguir as metas definidas pelos participantes da discussão.

Para Ki-moon, a defesa da paz, da segurança mundial e da preservação dos direitos humanos devem ser assuntos mantidos nas discussões dos líderes mundiais. Durante a conversa com o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, o secretário-geral destacou ainda que durante os quatro anos que está à frente da ONU foi ampliada a participação das mulheres em posições de destaque.

Em 2007, Ki-moon tomou posse como secretário-geral das Nações Unidas em substituição a Kofi Annan. O mandato é de cinco anos. Se reeleito, o coreano ficará no cargo até o final de 2016. Ele é o oitavo secretário-geral da ONU. Antes de visitar o Brasil, ele passou pela Colômbia, Argentina e pelo Uruguai.
 

 

Edição: Rivadavia Severo