Luciene Cruz
Repórter da Agência Brasil
Brasília – As exportações das cooperativas brasileiras atingiram US$ 2,16 bilhões nos primeiros cinco meses do ano. O valor é 30% superior ao do mesmo período do ano passado. Segundo informações da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério e Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o resultado é o maior alcançado desde 2005. Entre os principais produtos vendidos ao exterior, pelas cooperativas, estão café, soja, trigo e carnes de frango.
Os produtos foram destinados a 113 países, o que reforça a consolidação comercial com mercados tradicionais e também mostra a abertura de comércio para novos destinos. Entre os destinos, destacam-se a Alemanha (vendas de US$ 242,3 milhões, representando 11,2% do total); a China (US$ 239,1 milhões ou 11,1%); os Estados Unidos (US$ 175,4 milhões ou 8,1%); os Emirados Árabes (US$ 147,3 milhões ou 6,8%); os Países Baixos (US$ 125,1 milhões ou 5,8%); a Rússia (US$ 109,1 milhões ou 5,1%); a Argélia (US$ 107,7 milhões ou 5%) e o Japão (US$ 104,6 milhões ou 4,8%).
Nas importações, houve expansão de 11,4%. As vendas internas passaram de US$ 96,8 milhões para US$ 107,9 milhões, de janeiro a maio deste ano frente o mesmo período de 2010. Segundo o presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas, os indicadores refletem o empenho crescente da gestão dos negócios. “Nossa intenção é continuar oferecendo produtos e serviços de qualidade, claro, e com maior agregação de valor. A ideia é torná-los referência e, para isso, atuamos a partir de um trabalho de inteligência comercial que nos aponta, inclusive, novos mercados a serem explorados”, disse.
Freitas também credita o resultado positivo às políticas do governo federal direcionadas ao setor cooperativista. “Com certeza, os recursos provenientes dos programas de Capitalização das Cooperativas Agropecuárias [Procap-Agro] e de Capitalização de Cooperativas de Crédito [Procapcred] influíram nesse resultado. O Procap-Agro, por exemplo, pode ser contratado via integralização de cotas-partes, giro e saneamento financeiro”.
Edição: Lana Cristina