Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A Assembleia Geral da Organização dos Estados Americanos (OEA) decidirá amanhã (1º) sobre o fim da suspensão de Honduras na entidade. O país foi suspenso do órgão em julho de 2009, depois que o então presidente hondurenho, Manuel Zelaya, foi deposto. Para a comunidade internacional, Zelaya foi retirado do governo por um golpe de Estado ocorrendo assim o rompimento das instituições democráticas no país.
Para o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, a tendência é de os integrantes da OEA aceitarem a reintegração de Honduras à OEA. De acordo com o chanceler brasileiro, o governo do presidente de Honduras, Porfirio Pepe Lobo, vem atendendo às exigências da comunidade internacional indicando sua determinação em consolidar a democracia no país.
Desde o começo do ano, Pepe Lobo se pronuncia publicamente afirmando que promete cumprir e seguir a Constituição de Honduras. Também sinalizou que vai respeitar os opositores mantendo diálogos com o grupo de Zelaya. No entanto, líderes políticos criticam as atitudes de Pepe Lobo e afirmam que o ex-presidente quer ocupar mais espaço no cenário político local.
Zelaya foi deposto em 28 de junho de 2009, quando integrantes das Forças Armadas, do Parlamento e do Judiciário se uniram para retirá-lo do poder. O então presidente foi retirado de casa durante a madrugada e obrigado a deixar o país – quando seguiu para a Costa Rica. Três meses depois, ele pediu abrigo na Embaixada do Brasil em Honduras, onde ficou por cerca de 120 dias.
Com a posse de Pepe Lobo, Zelaya deixou Honduras rumo à República Dominicana. A comunidade internacional liderou um movimento para o ex-presidente ser anistiado e retornar ao país sem ameaças. A iniciativa se concretizou e Zelaya voltou a Tegucigalpa, capital hondurenha, no último dia 28.
Edição: Talita Cavalcante