Luciana Lima
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Ao comentar as concessões de três aeroportos à iniciativa privada, a presidenta Dilma Rousseff sinalizou para a abertura de capital da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero). Dilma acredita que, com a medida, a Infraero tomará um "choque de competitividade" e se tornará mais atrativa ao mercado.
"É mais fácil abrir o capital da Infraero depois de ela tomar um choque de competitividade", disse Dilma durante a reunião hoje (31), no Palácio do Planalto, com governadores de estados e prefeitos de municípios que receberão jogos da Copa do Mundo de 2014.
No encontro, o governo informou aos governadores e prefeitos a decisão de conceder à iniciativa privada os aeroportos de Guarulhos (SP), Viracopos (SP) e Brasília (DF). A Infraero terá até 49% da participação em cada aeroporto.
Dilma disse que outra vantagem da Infraero, como participante das empresas que assumirão os aeroportos, será o acesso a informações seguras sobre o setor aeroportuário. A presidenta acredita que serão evitadas "assimetrias de informações" verificadas em outros setores dos quais o setor público se afastou completamente.
De acordo com nota divulgada pelo Palácio do Planalto, as empresas terão a obrigação de ampliar a capacidade dos aeroportos concedidos e também de melhorar a qualidade dos serviços, mediante o cumprimento de metas de melhoria de qualidade, previstas em indicadores que constarão nos editais de licitação. "Esse novo marco segue, em linhas gerais, o que já fizemos em vários setores, como eletricidade, rodovias e ferrovias", disse a presidenta.
Dilma ainda ressaltou o papel estratégico que o Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP) terá para a aviação civil. A presidenta considerou, durante a reunião, que São Paulo precisa de um aeroporto com três pistas. "Viracopos é o futuro, é um dos grandes centros aeroportuários do país", afirmou.
Edição: Aécio Amado