Da BBC Brasil
Brasília - O presidente do Paquistão, Asif Ali Zardari, negou hoje (3) que as autoridades soubessem que o líder e fundador da Al Qaeda, Osama Bin Laden, estivesse vivendo no país. Segundo ele, o Paquistão “nunca foi nem nunca será o foco de fanatismo que é muitas vezes descrito pela mídia". De acordo com Zardari, o Paquistão é “talvez a maior vítima mundial do terrorismo”.
Ele também negou que a morte de Bin Laden, em uma mansão próxima a uma academia militar paquistanesa, seja um sinal da incapacidade do país de combater o terrorismo. A afirmação do presidente foi exposta em um artigo publicado no jornal norte-americano The Washington.
No último domingo (1º), Bin Laden foi morto por uma operação de forças norte-americanas na cidade paquistanesa de Abbottabad, a cerca de 100 quilômetros de Islamabad. A ação, promovida pelos Estados Unidos, não contou com o apoio do governo paquistanês.
Zardari não explicou como Bin Laden foi capaz de viver em relativo conforto no Paquistão. "Ele não estava em qualquer lugar que havíamos previsto que estaria", acrescentou.
Ontem (2), o principal assessor da Casa Branca para assuntos de segurança nacional de contraterrorismo, John Brennan, afirmou que era “inconcebível que Bin Laden não tivesse um sistema de apoio no país que permitisse a ele ficar lá por um longo tempo”.
O governo dos Estados Unidos anunciou hoje o fechamento de sua embaixada na cidade paquistanesa de Karachi e de seus consulados em Peshawar, Lahore e Karachi para os serviços de rotina até segunda ordem, por motivos de segurança.