Da BBC Brasil
Brasília - O egípcio Ayman Al Zawahiri, um cirurgião oftalmologista que ajudou a fundar o grupo militante Jihad Islâmica Egípcia, deve tomar o lugar de Osama Bin Laden como líder máximo da Al Qaeda.
Ele já era o ideólogo-chefe da organização, e alguns especialistas acreditavam que ele fosse o “cérebro operacional” por trás dos atentados de setembro de 2001.
Zawahiri era o número dois da organização, somente atrás de Bin Laden, na lista com 22 “terroristas mais procurados” anunciada pelo governo americano em 2001. Os Estados Unidos oferecem um prêmio de US$ 25 milhões por sua captura.
Zawahiri teria sido visto pela última vez na cidade de Khost, no Leste do Afeganistão, em outubro de 2001, e passou a viver escondido depois da invasão americana que derrubou o regime do Talibã.
Acreditava-se que ele estivesse escondido na região montanhosa perto da fronteira entre o Afeganistão e o Paquistão, com a ajuda de líderes tribais locais simpáticos à sua causa.
Mas o assassinato de Bin Laden em Abbottabad, ao norte da capital paquistanesa, Islamabad, sugere que seu local de esconderijo pode ser outro.
Zawahiri já foi o mais proeminente porta-voz da Al Qaeda, aparecendo em 40 vídeos e gravações de áudio da organização desde 2003, a mais recente delas em abril deste ano.
A mulher e os filhos de Zawahiri teriam sido mortos em um ataque aéreo americano no fim de 2001.
Ele também foi indiciado pelos Estados Unidos por seu papel nos ataques a bomba a embaixadas americanas no Quênia e na Tanzânia em 1998, e foi condenado à morte à revelia no Egito por suas atividades com a Jihad Islâmica nos anos 1990.