Aldo Rebelo diz que proposta do Código Florestal ainda poderá ter ajustes

03/05/2011 - 20h27

Daniella Jinkings e Danilo Macedo
Repórteres da Agência Brasil

Brasília – O relator do projeto que modifica o Código Florestal, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), disse hoje que poderá alterar a proposta que apresentou ontem (2). “Houve mais uma prova do vestido da noiva e demonstrou-se que precisa de mais um ajuste antes do casamento”, afirmou Rebelo após participar de uma reunião no Palácio do Planalto.

“Vou analisar as ponderações e, na Câmara, encontro a forma mais adequada para que tanto o governo seja representado no relatório, como também a própria base do governo.”

O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), afirmou, sem dar detalhes, que ainda há muitos pontos de divergência, como o item que trata da propriedade familiar. No relatório apresentado por Aldo Rebelo a agricultura familiar é definida apenas pelas propriedades com área até quatro módulos fiscais, no entanto, opositores do Código Florestal acreditam que isso poderia beneficiar, além dos pequenos produtores, os grandes agricultores.

Vaccarezza e Rebelo reuniuram-se hoje (3) com ministro das Relações Institucionais, Luiz Sérgio, o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, representantes do Ministério do Meio Ambiente e da Casa Civil.

Os ministros Rossi, do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florense, e do Meio Ambiente, Izabella Teixeira estiveram reunidos com as bancadas dos partidos em busca de convergência em torno da proposta de mudança do código. Depois da reunião fechada com a bancada do PT, Izabella disse que o relatório, “ainda guarda uma distância da proposta do governo”.

Segundo a ministra, a votação ainda depende de negociações. “Não há intenção de se adiar a votação. Estamos buscando convergência e manteremos esse espírito de convergência com o relator Aldo Rebelo”.

A Câmara dos Deputados vai analisar ainda hoje (3) o regime de urgência para a votação do novo código. A decisão de votar a urgência foi tomada em reunião, no final da tarde, dos líderes partidários com o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS).


 

Edição: Rivadavia Severo