Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília – De família rica, Osama Bin Laden, de 64 anos, nasceu em Riad, na Arábia Saudita, e era o 17º filho de um total de 50 do empresário Mohammad Bin Laden – empresário mais rico do ramo da construção civil da Arábia Saudita. Desde cedo, Bin Laden se envolveu com a guerrilha jihadista. O Serviço Secreto norte-americano suspeita também que Bin Laden se envolveu em vários atentatos não só nos Estados Unidos, mas também em vários locais no mundo.
As suspeitas contra o fundador e líder da Al Qaeda incluem ataques a embaixadas dos EUA no Quênia e na Tanzânia, em agosto de 1998. Depois, em 11 de setembro de 2001, ele é acusado de ter comandado a operação World Trade Center, em Nova York, e ao Pentágono, em Washington, que matou cerca de 3 mil pessoas.
A trajetória de Bin Laden se tornou pública nos anos 70. Logo depois da invasão soviética no Afeganistão, em 1979, ele liderou insurgentes que reagiram às forças da União Soviética. Entre agosto de 1988 e final de 1989, Bin Laden consolidou a rede terrorista conhecida como Al Qaeda (A Base, em árabe). Após a retirada soviética, em 1989, Bin Laden retornou à Arábia Saudita como um herói.
Desde então, o grupo financiou e organizou diversos ataques em todo o mundo, incluindo explosões de carros-bomba contra alvos americanos na Arábia Saudita em 1996, o assassinato de turistas no Egito em 1997 e os atentados simultâneos às embaixadas americanos, em Nairobi (Quênia) e em Dar es Salaam (Tanzânia) em 1998, que causou a morte de 224 pessoas e milhares de feridos.
Bin Laden se tornou uma figura cercada de mistérios e informações desencontradas inclusive de que estava morto. Porém, no ano passado, um dos responsáveis pela Al Qaeda e apontado como sucessor de Bin Laden, Al Zawahiri, negou a morte do líder.
Apesar de ter sido criado como muçulmano wahabita, cuja origem é a própria Arábia Saudita, Bin Laden frequentou uma escola laica destinada à elite. Ele se formou em Administração de Empresas na Universidade King Abdul Aziz. O pai dele morreu em um acidente de carro em 1968 e o império industrial dele – o Grupo Binladin – ficou para os filhos.
Edição: Talita Cavalcante