Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A empresa Tokyo Electric Power Company, que administra a Usina Nuclear de Fukushima Daiichi, no Nordeste do Japão, confirmou hoje (18) que foram detectados elevados níveis de radiação em dois prédios da central. Robôs, monitorados por controle remoto, identificaram os níveis de radiação nos reatores 1 e 3 da usina. As informações são da TV pública japonesa, NHK.
É a primeira vez que as informações são tornadas públicas. As revelações feitas pelos exames dos robôs indicam que os funcionários da empresa não estão conseguindo conter os vazamentos de radiação nos reatores.
Pelas análises feitas, se uma pessoa permanecer em um dos locais contaminados por cerca de cinco horas, estará exposta ao limite máximo permitido em situações de emergência. Porém, a empresa administradora da usina informou que os funcionários tentarão trabalhar nas áreas menos contaminadas.
Ontem (17) a concessionária apresentou um calendário de atividades que prevê um prazo de seis a nove meses para a conclusão dos trabalhos de resfriamento dos reatores, na tentativa de reduzir os vazamentos de radiação.
Os vazamentos e explosões na Usina Nuclear de Fukushima Daiichi foram causados pelo terremoto seguido de tsunami, em 11 de março. O alerta sobre a radiação foi feito em 12 áreas da região.
Pelos últimos números, houve 13.843 mortos e 14.030 desaparecidos. De acordo com as autoridades, mais da metade dos mortos tinham mais de 65 anos, sendo que a maioria morreu afogada.
Edição: Juliana Andrade