Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Depois de 11 dias da tragédia em Realengo, no Rio de Janeiro, a Escola Tasso da Silveira reabre com nova fachada, mas ainda com sinais do massacre: flores e cartazes permanecem no local. A Secretaria de Educação do município do Rio programou para hoje uma cerimônia denominada reinvenção da escola, reunindo alunos e suas famílias, professores e funcionários.
Os estudantes devem montar um mosaico nos muros, que já ganharam cores novas e até um aquário será instalado no colégio.Paralelamente, a secretaria e a direção da escola decidiram que as salas de aula onde ocorreram os ataques serão remodeladas. A ideia é que se transformem em salas de leitura e atividades complementares.
Desde a tragédia, alunos, parentes, professores e funcionários, segundo as autoridades do Rio, recebem atendimento psicológico na tentativa de superar o trauma. No último dia 7, no começo da manhã, Wellington de Oliveira invadiu duas salas de aula e disparou cerca de 60 tiros usando duas armas.
O ataque do ex-estudante da Escola Tasso da Silveira provocou 12 mortos e 13 feridos. Ao ser cercado por um sargento da Polícia Militar, o atirador se suicidou. Nas investigações, os policiais descobriram mensagens deixadas por Oliveira, que alegou ter sofrido bullying – violência ocorrida repetidas vezes – no colégio.
Parentes e conhecidos de Wellington de Oliveira informaram que ele tinha um comportamento estranho e se interessava por episódios envolvendo grandes ataques no mundo. A polícia descobriu também que desde o ano passado, o ex-aluno da escola planejava o crime em Realengo.
Edição: Graça Adjuto