Bruno Bocchini
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – A nona edição da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace) foi aberta ao público hoje (22). A feira, considerada a maior do ramo no país, conta com 302 projetos, desenvolvidos por 670 estudantes dos ensinos fundamental, médio e técnico de todo o Brasil.
Um dos destaques da mostra deste ano é um sismógrafo alternativo, criado por estudantes de Novo Hamburgo (RS). O aparelho, feito com materiais acessíveis e a baixo custo, detecta oscilações de baixa amplitude e frequências típicas dos tremores ocorridos no território brasileiro.
Todo o equipamento custa R$ 29. Ele é constituído por um sistema de haste que mede as oscilações por meio de um mouse óptico desmontado. As vibrações são armazenadas em um software, que lê e arquiva os dados. Os testes comprovaram a eficácia do instrumento.
“O objetivo, agora, é criar uma rede de sismógrafos interligando esses dados no país todo, para ter um histórico. Uma outra parte do projeto é usar um sistema como o de GPS para detectar exatamente onde ocorreu a vibração”, explicou a estudante Fernanda Costa, que participou do desenvolvimento do aparelho.
Os melhores projetos serão escolhidos para participar da feira internacional Intel Isef (International Science Fair), uma das maiores competições de alunos pré-universitários, realizada nos Estados Unidos. Em 2010, a delegação brasileira foi destaque na Intel Isef. Só ficou atrás, em números de prêmios, da delegação chinesa e da dos Estados Unidos.
Edição: Lana Cristina