Em nota, Brasil diz confiar na lisura do segundo turno no Haiti

22/03/2011 - 13h58

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
 

Brasília – As eleições presidenciais no Haiti, ocorridas anteontem (20), contam com o apoio do governo do Brasil, que acredita que o resultado final reproduzirá o desejo dos eleitores. Em nota oficial divulgada hoje (22), o Ministério das Relações Exteriores, o Itamaraty, destaca a participação popular na votação e a confiança na consolidação da democracia no país.

“O governo brasileiro acompanhou com atenção o segundo turno das eleições presidenciais e parlamentares no Haiti, realizado em 20 de abril”, informou o comunicado

Em seguida, o Itamaraty informou confiar que as irregularidades registradas no primeiro turno das eleições, em novembro de 2010, foram superadas, registrando um novo momento no Haiti. “[A forma como ocorreu o segundo turno] reflete o compromisso do povo haitiano com a democracia e os esforços do Conselho Eleitoral Provisório do Haiti no sentido de aperfeiçoar procedimentos a partir da experiência do primeiro turno.”

Os resultados preliminares das eleições no Haiti serão divulgados no próximo dia 31, mas o governo brasileiro disse confiar na lisura do processo. Os eleitores foram às urnas escolher o futuro presidente entre os candidatos Mirlande Manigat, ex-primeira-dama, e Michel Martelly, cantor popular. Cerca de 4,7 milhões de eleitores votaram no Haiti.

“Ao reiterar sua solidariedade e sua disposição de seguir cooperando com o Haiti, o governo brasileiro manifesta a expectativa de que o presente processo eleitoral seja concluído com a legítima transição do poder, em conformidade com a vontade popular expressa nas urnas”, diz a nota.

As autoridades haitianas demonstraram preocupação com os episódios de violência registrados no país durante o domingo e às vésperas da votação. As eleições no Haiti ocorrem no momento em que os ex-presidentes Jean-Bertrand Aristide e Jean-Claude Duvalier, Baby Doc, retornaram ao país e sinalizaram interesse em voltar ao cenário político.

Paralelamente, os haitianos lutam pela reconstrução do país devastado pelo terremoto de janeiro de 2010 e a epidemia de cólera que matou mais de 4 mil pessoas.

Edição: Juliana Andrade