Iolando Lourenço e Renata Giraldi
Repórteres da Agência Brasil
Brasília - A visita ao Brasil do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, foi elogiada por oposicionistas e governistas. A ausência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na recepção a Obama, em Brasília, também recebeu elogios dos dois lados. Para os parlamentares, foi um gesto de respeito à gestão da presidenta Dilma Rousseff e sua liderança.
“O Brasil ganha com isso [com a visita de Obama] porque fortalece a imagem do país no exterior. As potencialidades do Brasil são ressaltadas ao mundo”, afirmou hoje (20) o líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR). Segundo ele, os efeitos imediatos são de uma espécie de propaganda positiva do Brasil internacionalmente.
O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), disse que a visita do presidente dos Estados Unidos registra “mais um marco positivo” da primeira etapa da gestão Dilma. “A visita mostra o respeito e a importância que o Brasil tem hoje no mundo. É uma marca importante da Dilma”, afirmou.
No Twitter, o líder do DEM na Câmara, deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (BA), ressaltou a relevância do discurso da presidenta Dilma Rousseff, que defendeu o fim das barreiras alfandegárias aos produtos brasileiros e o direito de o Brasil ocupar um assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas.
“Durante o almoço [no Itamaraty] , a presidenta Dilma fez um discurso preciso à altura do presidente Obama”, afirmou ACM. “Muito positivo o almoço com Obama no Itamaraty. Ele distribuiu simpatia aos presentes.”
O presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson (RJ), também no Twitter, destacou os reflexos da visita de Obama a Brasília e ao Rio de Janeiro. “O mais importante de Obama visitar o Brasil é o reconhecimento da nova importância do país [no cenário mundial]”, disse.
Os parlamentares destacaram ainda o fato de Dilma Rousseff ter convidado todos os ex-presidentes da República – Lula, Fernando Henrique Cardoso, Itamar Franco, Fernando Collor e José Sarney – para o almoço em homenagem a Obama, no Palácio do Itamaraty, em Brasília. Apenas Lula faltou ao almoço.
A decisão de Lula ganhou apoio tanto da oposição como do governo. “Foi mais uma manifestação de grandeza do Lula. Ele [o ex-presidente] está em quarentena para deixar a presidenta Dilma livre e não fazer sombra”, disse Vaccarezza. “Eu me coloco no lugar de Lula e acho que ele fez bem em não comparecer [ao almoço no Itamaraty]”, afirmou Álvaro Dias.
Edição: Aécio Amado