Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O presidente da Líbia, Muammar Khadafi, falou hoje (20) a rádio estatal local que haverá “uma longa guerra no país”. Antes do amanhecer, a capital líbia, Trípoli, foi alvo de ataques aéreos das forças aliadas. Em resposta, Khadafi prometeu a “derrota” dessas forças e ameaçou reagir. Apenas em Trípoli, há relatos de 48 mortos e 150 feridos, segundo informações do governo líbio.
Ontem (19) os países aliados (Estados Unidos, França, Inglaterra, Itália e Canadá) lançaram mísseis sobre a Líbia. No pronunciamento, Khadafi recomendou que as pessoas reajam aos eventuais ataques, pediu que o povo líbio porte armas e afirmou que ele vai “vencer”. Também prometeu fazer do Mediterrâneo um "campo de batalha".
As informações são da rádio estatal francesa, a RFI. A intervenção da coalizão internacional está se intensificando. A ordem para agir ocorreu depois de uma cúpula internacional em Paris – onde se reuniram os chanceleres dos países aliados. O governo do Catar se comprometeu a liderar os países árabes, que também estão prontos para participar da ação.
Em poucas horas ontem houve uma ação limitada, liderada pela França, com o sobrevoo do Mirage 2000 e de um Rafale sobre a área da Líbia destruindo tanques na região de Benghazi
Ontem a Líbia foi bombardeada por 110 mísseis Tomahawk, disparados a distância. Segundo relatos, os mísseis atingiram os sistemas de defesa aéreo e comunicação estratégica do governo líbio. O objetivo das autoridades dos países aliados é a destruir as armas das forças aliadas de Khadafi.
Ontem a Espanha informou que o Exército do país será acionado para o envio de quatro caças F18, aviões de reabastecimento e para manter vigilância marítima, com o uso de uma fragata e um submarino.
Em 1999, em nome da proteção do povo do Kosovo, os países que integram a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) bombardearam a Sérvia por 78 dias.
Edição: Juliana Andrade