Da BBC Brasil
Brasília - Aviões americanos voltaram a lançar ataques hoje (20) contra posições das forças de segurança de Muammar Khadafi na Líbia, após uma noite de ofensivas por terra e ar. Um porta-voz das Forças Armadas americanas disse que 18 aeronaves, incluindo aviões "invisíveis" B-2, conduziram a operação.
Durante a noite, os B-2 lançaram 40 bombas convencionais em alvos em território líbio, enquanto navios de guerra americanos e britânicos dispararam pelo menos 110 mísseis teleguiados contra a defesa aérea líbia. Pelo menos 20 posições de defesa aérea foram alvejadas na capital, Trípoli, e na cidade de Misrata, no Oeste do país.
O chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas dos EUA, almirante Mike Mullen, disse que a zona de exclusão aérea autorizada na quinta-feira (17) por uma resolução da Organização das Nações Unidas (ONU) está de fato em vigor na Líbia.
A TV estatal líbia exibiu hoje imagens de corpos e veículos militares queimados na estrada que as forças do governo estavam usando para lançar sua ofensiva em Benghazi, a principal cidade do Leste da Líbia, que voltou ao controle rebelde.
A TV também mostrou autoridades líbias visitando feridos no hospital. Mais cedo, Khadafi falou à população por meio de uma ligação telefônica para a TV estatal. "Prometemos uma guerra longa e extensa, sem limites", disse o líder líbio. "Vamos lutar palmo a palmo."
Ontem (19) à noite, Khadafi acusou as potências ocidentais de "colonialismo" e pediu ao povo que empunhe armas para defender a revolução que ele lidera.