Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea), Yukiya Amano, comparou os acidentes nucleares ocorridos no Japão nos últimos dias, em consequência da série de terremotos e do tsunami, ao cenário de Chernobyl. Em abril de 1986, na Ucrânia, ocorreu o acidente nuclear de Chernobyl, quando um reator da usina explodiu e liberou uma nuvem radioativa contaminando pessoas, animais e o meio ambiente.
"É muito improvável que este acidente se mova em direção a uma situação comparável ao que ocorreu em Chernobyl. [Mas esta] crise não foi causada por erro humano ou falha técnica", disse o diretor-geral.
Para Amano, o total de vítimas no Japão pode ultrapassar 10 mil mortos. A informação se contrapõe ao que afirmam as autoridades japonesas. O governo do Japão nega quaisquer semelhanças entre o que ocorre no país e o que houve em Chernobyl. As informações são da Rádio França Internacional (RFI), que é pública.
O diretor-geral disse que nos próximos dias chegam ao Japão peritos da agência que examinarão em detalhes o que houve e também estarão prontos para oferecer “assistência técnica” às autoridades japonesas. Ele elogiou os esforços e a transparência do governo japonês ao informar a comunidade internacional.
Ontem (14), o governo do Japão pediu ajuda aos Estados Unidos para resfriar os reatores da Usina Nuclear de Fukushima, atingidos pelo terremoto e o tsunami da última sexta-feira (11). A informação foi divulgada pela Comissão Reguladora Nuclear dos Estados Unidos (NRC), que recebeu o pedido.
Edição: Graça Adjuto
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