Da BBC Brasil
Brasília - As forças rebeldes de oposição ao líder líbio, Muammar Khadafi, foram expulsas da cidade produtora de petróleo de Ras Lanuf neste sábado (12). Líderes rebeldes disseram a jornalistas que os combatentes oposicionistas foram empurrados por 20 quilômetros para os arredores da cidade. As forças do governo agora controlam a cidade e a refinaria de petróleo.
O general Abdel-Fattah Younis, que era ministro do Interior da Líbia antes de se juntar aos rebeldes, disse à agência de notícias Associated Press que suas forças vão voltar à Ras Lanuf no domingo.
Ras Lanuf, um importante polo petrolífero da Líbia, localizado a cerca de 600 quilômetros a leste da capital Trípoli, tem sido palco de combates intensos entre as forças do governo e os rebeldes nos últimos dias.
Aviões de guerra do governo bombardearam a refinaria de petróleo de Ras Lanuf e um posto de checagem montado pelos rebeldes. Além disso, há informações de batalhas intensas na cidade.
No começo da semana, as forças de Khadafi retomaram a cidade de Zawiya, a quase 50 quilômetros a oeste de Trípoli. Jornalistas estrangeiros que conseguiram a permissão do governo líbio para entrar na cidade retomada falaram sobre cenas de devastação, com quase todos os prédios em volta da praça principal da cidade demolidos ou danificados pelos combates. De acordo com a agência de notícias Reuters, também teriam ocorrido ataques na cidade de Uqaylah e outros bombardeios mais ao leste, perto da cidade de Brega.
O secretário-geral da Liga Árabe, Amr Moussa, afirmou que apoia a criação de uma zona de exclusão aérea sobre a Líbia e acrescentou que quer que os países árabes implementem a medida. "As Nações Unidas, a Liga Árabe, a União Africana, os europeus, todos devem participar", disse Moussa para a revista semanal alemã Der Spiegel antes da reunião da Liga Árabe, no Cairo. A Liga Árabe está reunida na capital egípcia neste sábado para discutir a crise na Líbia.
A chefe da diplomacia da União Europeia, Catherine Ashton, está a caminho do Cairo para discussões a respeito de uma resposta conjunta à crise.