Flávia Albuquerque
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – Cerca de 500 pessoas, segundo a Polícia Militar, participaram hoje (12) de uma caminhada no centro de São Paulo em comemoração ao Dia Internacional de Luta das Mulheres. O ato reuniu representantes de 90 entidades e movimentos em favor dos direitos da mulher. A manifestação serviu para chamar a atenção da população para a luta das mulheres por autonomia e igualdade e contra o machismo e o capitalismo.
Segundo a secretária da Mulher Trabalhadora da Central Única dos Trabalhadores (CUT) de São Paulo, Sônia Auxiliadora, com o ato as participantes denunciaram a discriminação contra a mulher. “Queremos mostrar todas as deficiências dentro das políticas públicas e das condições de trabalho, creches e no combate à violência contra as mulheres.”.
De acordo com Sônia, o fato de a violência contra as mulheres manter índices altos mesmo depois da Lei Maria da Penha e das campanhas de conscientização mostra que a sociedade ainda é machista e patriarcal. “Além da violência física, temos a violência moral.” Ela lembrou também que a mulher sofre com a desigualdade salarial, ganhando 70% menos que os homens quando desempenham funções iguais.
A educadora Lúcia Makena participa do ato todos os anos por considerar importante discutir o papel da mulher negra na sociedade. “Nossa luta é por melhores salários, porque ganhamos menos que a mulher branca.” Segundo ela, a mulher negra é a que mais sofre com a violência doméstica.
Edição: João Carlos Rodrigues