Isabela Vieira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – A falta de banheiros públicos é a principal reclamação dos foliões que se divertiram no Bloco Boi Tatá, na Praça 15, centro do Rio de Janeiro. Pelo menos 35 mil pessoas estiveram no local, hoje (6), de acordo com a Guarda Municipal.
Como a chuva não preocupa mais o folião na cidade, o principal problema agora é falta de banheiros químicos. A fotógrafa Carolina Pires, 31 anos, reclamou que passou cerca de 30 minutos esperando para usar uma das caixas instaladas na praça.
"Não tem banheiro. A gente quer beber e não tem onde fazer xixi. Se a gente faz no meio da rua, é preso. Se a gente fica na fila, perde o bloco, a música acaba. Claro que a gente tem que fazer xixi no banheiro, mas não tem banheiro", queixou-se.
A enfermeira Aline Alves da Silva, 26 anos, contou que precisou pagar R$ 10 para usar o banheiro de um bar e fugir das filas. "O bloco tá ótimo, tem muita criança, não tem violência, mas não tem banheiro. Isso atrapalha um pouco", afirmou.
O consultor de empresa Gustavo Malaiolo, 28 anos, também precisou enfrentar filas. Mas ele calcula que o tempo de espera deste ano está sendo menor do que o do ano passado. "Do carnaval de 2010 para cá melhorou [o número de banheiros], mas ainda está ruim, entende?”.
Na passagem do Boi Tatá, a prefeitura, que quer evitar que as pessoas urinem nas ruas, deteve 29 pessoas durante a Operação Choque de Ordem. Desde o último dia 12 de janeiro, para coibir esse comportamento, 500 pessoas foram detidas e encaminhadas para delegacias da cidade.
A assessoria de imprensa da Secretaria de Turismo do Rio (Riotur), responsável pela instalação de banheiros químicos, não foi localizada para comentar o problema. Mesmo assim, apesar das reclamações, o clima é de festa na Praça 15. Os foliões comparecem com as mais diversas fantasias, como as de protesto contra a situação na Líbia.
Edição: Lana Cristina