Vaccarezza tenta convencer aliados a aprovar salário mínimo de R$ 545

03/02/2011 - 17h17

Iolando Lourenço

Repórter da Agência Brasil

 

Brasília - O líder do governo na Câmara dos Deputados, Cândido Vaccarezza (PT-SP), está trabalhando para convencer os aliados a aprovarem o salário mínimo de R$ 545, como quer o governo. Segundo ele, o líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves (RN), disse que seu partido estará 100% fechado com o governo na votação dos R$ 545 para o mínimo. Vaccarezza informou que a votação do reajuste deverá ocorrer em março próximo.

 

O deputado petista afirmou que vai procurar todos os aliados do governo e também da oposição para buscar um consenso para a aprovação do reajuste do mínimo para R$ 545. “A posição do governo é manter o salário em R$ 545.” Segundo ele, o governo Dilma Rousseff vai manter a política de reajuste do mínimo adotada pelo governo Lula e que vem dando ganhos reais. O parlamentar previu que, se essa política for mantida em 2012, o mínimo terá um reajuste “robusto” acima de 11%.

 

Na próxima terça-feira (8), Vaccarezza deverá se reunir com lideranças da base governista, durante almoço, para tratar do reajuste do salário mínimo, das votações e também das tentativas de deputados para a criação de duas comissões parlamentares de inquérito (CPIs) destinadas a investigar Furnas e o Dpvat (seguro obrigatório para veículos automotores), neste início de legislatura. Ele disse que não vê motivos para a criação dessas comissões, uma vez que o governo está investigando as denúncias.

 

Sobre as votações para este início de ano, o líder afirmou que a intenção é votar ainda em fevereiro pelo menos seis das 20 medidas provisórias que estão trancando a pauta de votações. E que as votações de outras matérias prioritárias será discutida com o governo e com os líderes aliados na próxima semana.

 

Em relação a sua escolha para continuar na liderança do governo, Vaccarezza disse que pretende dar continuidade ao trabalho que vinha fazendo no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas agora com mais experiência e “cometendo menos erros”.

 

Edição: João Carlos Rodrigues