Danilo Macedo
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Empresários que participaram hoje (2) da primeira reunião do Grupo de Avanço da Competitividade (GAC) no governo Dilma Rousseff disseram, ao sair do Ministério da Fazenda, que o ministro Guido Mantega lhes garantiu que o Programa de Sustentação do Investimento (PSI), previsto para se encerrar em março, será prorrogado.
O PSI é um programa do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) criado em junho de 2009, durante a crise mundial, e disponibilizou R$ 134 bilhões para financiar compras de máquinas, equipamentos e bens usados na produção para estimular o investimento.
"Mantega confirmou que seria prorrogado, mas não disse até quando. Se não fosse o PSI, o setor de bens de capital estaria em uma situação mais fragilizada", disse o presidente da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Humberto Barbato.
Os presidentes da Associação Brasileira de Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), Paulo Godoy, da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Luiz Aubert Neto, e da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga, também confirmaram o posicionamento do ministro Mantega em relação à prorrogação do PSI, observando que não receberam um prazo.
"Para nós, é uma excelente notícia. É fundamental para a pequena e média empresa, que tomou R$ 45 bilhões no ano passado por meio do programa", disse Aubert Neto. O presidente da Abimaq ressaltou que a taxa de juros cobrada no PSI, de 5,5% ao ano, já é elevada em relação a outros países como Estados Unidos, Japão e Alemanha e que seu aumento traria prejuízos ao setor industrial.
Edição: João Carlos Rodrigues