Empresários da região serrana do Rio pleiteiam recursos para reerguer negócios

19/01/2011 - 17h07

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – Representantes da indústria, comércio e serviços do centro-norte Fluminense vão se reunir ainda hoje (19) na representação regional da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), sediada em Nova Friburgo, com o objetivo de traçar um plano para a recuperação da região, devastada pelas chuvas da última semana.

O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Nova Friburgo, Braulio Rezende, disse que o ponto fundamental para a retomada da economia da região é o financiamento. Ele destacou que o empresariado viu como bem-vindas as medidas da União e do governo estadual com a promoção da dilatação do prazo de pagamento de impostos federais e estaduais.

“Uma vez que a cidade vive esse drama, a gente vai ter uma retração na nossa economia nos próximos meses, porque as empresas ficaram paradas e ainda vão estar se recuperando, indústrias principalmente, que vão começar a retomar agora o movimento.”

Rezende ressaltou a necessidade de que os empresários tenham capital de giro para enfrentar as adversidades decorrentes da destruição provocada pelas chuvas. Algumas empresas, de acordo com ele, vão precisar de recursos inclusive para reconstruir suas sedes, destruídas pelas enchentes.

O problema será discutido em conjunto pelos representantes dos diversos setores para posterior encaminhamento às instituições de crédito do governo federal, entre as quais o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil.

O empresariado da região serrana fluminense está pleiteando empréstimo para as empresas das cidades atingidas, com carência de um a dois anos e juros baixos para as empresas terem condições de reerguer seus negócios. Numa estimativa preliminar, essa linha de crédito poderia alcançar em torno de R$ 500 milhões, afirmou o presidente da CDL de Nova Friburgo.

A CDL da cidade serrana fluminense tem cerca de 600 empresas comerciais filiadas, sendo a maior parte de micro e pequeno porte.

Edição: Lana Cristina