Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, divulgou nota na qual considera que a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de manter a taxa básica de juros (Selic) em 10,75% ao ano foi a “mais acertada” para o momento.
Segundo ele, as medidas de restrição ao crédito, anunciadas na última seta-feira (3), já mostram a preocupação do Banco Central com o “excesso de liquidez na economia e seus impactos sobre a trajetória da inflação, tornando desnecessário elevar a taxa Selic”.
Robson Andrade acentuou, contudo, que o patamar dos juros no país é dos mais elevados do mundo. Ele ressaltou ainda que o uso de juros altos como forma de controle da inflação impõe elevado custo ao setor produtivo e pressiona a valorização do real. “A combinação de juros altos e câmbio apreciado precisa ser revista.”.
De acordo com o presidente da CNI, a âncora da estabilidade da economia não pode ser apenas a política monetária. “ Não é aceitável um novo ciclo de elevação dos juros – já pré-anunciado com as medidas de contenção monetária da semana passada – sem ajustes no lado fiscal. É imprescindível dar maior peso à política fiscal, com a imposição de limites aos gastos correntes.”
Edição: João Carlos Rodrigues