Ivan Richard
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Na próxima semana o presidente Luiz Inácio Luiz Inácio fará sua última viagem ao Continente Africano. Na terça-feira (9), Lula desembarca em Maputo, capital de Moçambique, onde terá encontro com empresários e também visitará uma série de empreendimentos construídos em parceria pelo Brasil e Moçambique.
“Do ponto de vista simbólico, Moçambique é, provavelmente, o país ideal no contexto africano para esta ocasião. Nos últimos oito anos, as relações com o país se intensificaram enormemente em função da renovada prioridade dada ao Continente Africano pela política externa brasileira”, afirmou o secretário adjunto de imprensa da Presidência da República, Carlos Villanova.
De acordo com Villanova, Moçambique é hoje o maior beneficiário da cooperação brasileira na África e o segundo no mundo, atrás apenas do Haiti. Entre 2010 e 2013, o país deve receber cerca de R$ 70 milhões.
Em Maputo, Lula participará da instalação do primeiro dos três polos da Universidade Aberta do Brasil e também visitará o laboratório de biologia do Instituto Nacional de Ensino a Distância.
Na quarta-feira (10), o presidente ainda fará uma visita à fábrica de medicamentos para o tratamento da aids que está sendo construída em parceria pelos governos do Brasil e de Moçambique. Segundo o Ministério da Saúde, na primeira fase do projeto foram disponibilizados R$ 13,6 milhões para a compra de equipamentos e formação de equipes de profissionais que trabalharão na futura Sociedade Moçambicana de Medicamento S/A.
O governo de Moçambique está encarregado de realizar as obras de restauração do local escolhido para montar a fábrica. Quando as instalações estiverem prontas, o Ministério da Saúde, por meio da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), enviará todos os equipamentos para o laboratório. A previsão é de que a entrega ocorra até meados de 2011. Moçambique está entre os dez países mais atingidos pelo vírus da aids no mundo, com índice de prevalência de 15% entre outros adultos. Ao todo, o país tem cerca de 1,7 milhão de infectados em uma população de 21,4 milhões.
Edição: João Carlos Rodrigues