Mariana Jungmann
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), comentou hoje (3) os acordos que já foram fechados entre o PT e o PMDB para a escolha dos futuros presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados.
Segundo Jucá, já existe um entendimento entre os presidentes do PMDB, Michel Temer, e do PT, José Eduardo Dutra, de que haverá rodízio entre os dois partidos no comando da Câmara Federal. Quem será o presidente da Casa no começo da próxima legislatura, contudo, ainda não está definido. “Não se pode dizer que a presidência inicialmente será do PT. Isso será decidido em janeiro”, disse o senador.
Por tradição, na Câmara e no Senado, o partido que tem maior bancada indica o presidente. Dessa maneira, o PT, que terá 88 deputados, ficaria com a presidência da Câmara, mas o partido optou pelo acordo de rodízio com o PMDB, que fez 79 deputados na última eleição, para formar um bloco mais coeso de apoio ao governo.
No Senado, o PMDB tem a maior bancada e, até o momento, não enfrenta problemas para indicar um nome. O presidente da Comissão de Constituição e Justiça, Demóstenes Torres (DEM-GO), disse hoje que, apesar de ser cedo para discutir o assunto, a oposição respeitará a tradição de que o presidente da Casa seja indicado pelo partido que tem maior bancada.
“Se não for nenhum nome ofensivo à Casa, vamos respeitar a tradição. Nós sabemos ser oposição, existem vários nomes bons dentro do governo”, afirmou Demóstenes.
Edição: Nádia Franco