Daniel Mello
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, prometeu erradicar a miséria no país, durante comício realizado na noite de hoje (27) no Sambódromo do Anhembi, zona norte da capital paulista. “Queremos que o Brasil inteiro seja composto por uma classe média forte”, disse Dilma, ao discursar para cerca de 35 mil militantes que agitavam bandeiras sob a chuva. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou do ato da campanha de Dilma.
Em entrevista coletiva após o ato, Dilma voltou a falar sobre o tema, ressaltando que o desenvolvimento precisa levar qualidade de vida para toda a população. Para ampliar a renda das classes mais baixas, a candidata disse apostar em uma combinação “virtuosa” de programas de distribuição de renda e a formalização do mercado de trabalho.
Segundo Dilma, é importante que não haja apenas crescimento, mas distribuição da riqueza entre toda a sociedade. “Uma nação desenvolvida não é o PIB [ Produto Interno Bruto]”. Ela destacou ainda a importância da agricultura familiar nesse processo.
A candidata também comentou a exigência de que o eleitor apresente dois documentos no momento da votação. Para ela, a medida pode prejudicar algumas parcelas da sociedade, como os indígenas. “Achamos que quando você cria certas regras, você pode prejudicar segmentos da população.” O PT entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a exigência.
A “força” da militância petista, que ficou no comício mesmo sob chuva, também foi lembrada por Dilma. Estiveram presentes no evento, diversos candidatos a deputado da coligação que apoia a petista, o candidato ao governo estadual pelo PT, Aloizio Mercadante..
Lula aproveitou o comício para falar sobre a capitalização da Petrobras, na última sexta-feira (24). De acordo com ele, foi a maior operação do tipo na “história do planeta”, o que transformou a empresa na segunda maior petrolífera do mundo. “Daqui a pouco, seremos a primeira.”
O presidente criticou a falta de vagas nas universidades públicas do estado de São Paulo. Segundo Lula, elas só atendem 8% dos universitários paulistas.
Edição: João Carlos Rodrigues