Flávia Albuquerque
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – O candidato à Presidência da República pelo PSDB, José Serra, afirmou hoje (7) que o turismo no Brasil é pouco estimulado e que o número de estrangeiros que visitam o país é o mesmo de dez anos atrás. Segundo ele, o Brasil não tem política de governo para o setor. Serra ressaltou que um dos tipos de turismo brasileiro é o religioso, importante em um país de fé como o Brasil. O candidato deu as declarações durante visita à 9ª ExpoCristã.
“O que pretendo fazer é dar um tratamento muito especial para o turismo religioso em relação aos municípios que recebem os fiéis e ao seu deslocamento desde o ponto de origem. Isso é importante para a espiritualidade da nossa sociedade, para o emprego, para a atividade econômica e para valorizar a sociedade brasileira”.
Na avaliação de Serra não é difícil colocar essa proposta em prática, pois não são necessários muitos recursos, apenas planejamento, dedicação e clareza a respeito do que fazer. “O governo tem de entrar por meio do apoio. Há o Ministério do Turismo para isso. E esse ministério tem que investir nos municípios que recebem [turistas] e também na área de transporte”.
Serra insistiu em dizer que visitou a feira porque pratica os valores de Cristo e não é cristão de boca de urna. “Eu sou cristão por convicção e pratico o cristianismo na minha vida pessoal e política. Aqui no Brasil há diferentes doutrinas cristãs, mas todas convergem naquilo que é essencial: que Jesus é a verdade e a Justiça e nisso eu acredito profundamente”.
O ex-governador disse que os evangélicos têm papel importante no aumento da leitura da população, já que mesmo as famílias mais humildes têm em casa uma Bíblia que é lida por todos os membros.
Serra pediu ainda a cooperação dos cristãos para dois programas que ele pretende desenvolver em todo o país caso seja eleito. Um deles para o tratamento e a reabilitação de portadores de deficiência física. O outro programa propõe a criação de uma rede de tratamento para dependentes químicos, com a multiplicação da parceria já existente com algumas doutrinas religiosas.
O candidato recusou-se falar sobre a quebra de sigilo fiscal de sua filha Verônica Serra e de membros do partido. Disse que iria se permitir não entrar no assunto já comentado por ele exaustivamente durante toda a semana anterior. “O presidente do partido, Sérgio Guerra, vai continuar tratando [do assunto]”.
Edição: Rivadavia Severo