Itamaraty apoia ação das Nações Unidas no Congo

07/09/2010 - 10h13

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

Brasília - A violência que predomina no Congo nos últimos anos, com a ocorrência de estupros de mulheres e crianças e o massacre de inúmeros civis, gerou hoje (7) reações do governo do Brasil. O Ministério das Relações Exteriores, por meio de nota, rechaçou os conflitos no país africano apoiando a convocação extraordinária da Assembleia Geral das Nações Unidas amanhã (8) para discutir exclusivamente o assunto.

Para o Brasil, o ideal é garantir condições de trabalho para a Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Congo (Monusco). Os militares serão responsáveis pela proteção de civis, particularmente mulheres e crianças.

“O governo brasileiro reitera a importância de que a Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Congo (Monusco) disponha dos meios necessários para assegurar a proteção de civis, particularmente mulheres e crianças”, diz a nota. “O Brasil repudia a violência sexual e seu uso como instrumento de guerra, que busca afetar, além das vítimas, seus laços familiares e comunitários”, acrescenta.

Em seguida, o documento informa ainda que “o Conselho de Segurança das Nações Unidas foi recentemente informado do ocorrido e convocou reunião emergencial sobre o assunto para amanhã, em Nova York [nos Estados Unidos]”.

A disputa entre etnias distintas – tutsis e hutus - e grupos rebeldes gerou uma onda de violência no Congo que teve início em 1993. Os conflitos se acentuaram com o passar dos anos. Nos últimos dias, pelo menos 240 estupros de mulheres e crianças foram registrados por autoridades ligadas às Nações Unidas. Alguns grupos humanitários classificam o Kivu Norte, no Congo, como uma das regiões mais perigosas do mundo para mulheres e crianças. No local vivem cerca de 5,7 milhões de pessoas.

Edição: Lílian Beraldo