Danilo Macedo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Uma nova missão do Ministério da Agricultura (Mapa) estará nos Estados Unidos entre os dias 21 e 25 de junho para acompanhar como são feitas as análises de laboratório para verificação de resíduos na carne bovina processada brasileira exportada para o mercado norte-americano. O uso de sistemas distintos de avaliação levou os Estados Unidos a impedir a entrada de um lote do frigorífico JBS Friboi no final do mês passado.
As autoridades norte-americanos alegaram que as carnes continham o vermífugo Ivermectina acima do limite permitido pela legislação de seu país. Por isso, o governo brasileiro suspendeu as certificações e embarques de carne processada para os Estados Unidos. A primeira missão do Mapa foi enviada para lá entre os dias 7 e 8 de junho para discutir a questão e buscar um acordo.
Segundo o diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal do Mapa, Nelmon Oliveira, as reuniões foram produtivas e as autoridades norte-americanas disseram que os brasileiros estão no caminho certo. “Apresentamos um plano de ação que o governo e o setor produtivo adotarão, desde pecuaristas, fabricantes de medicamentos a indústrias, e que foi bem aceito pelas autoridades sanitárias dos Estados Unidos.”
Oliveira disse que entre as ações a serem tomadas estão previstas campanhas de conscientização. Isso porque uma das supostas causas do excesso de Ivermectina encontrada nas amostras seria o desrespeito ao prazo de carência para o abate de animais que fizeram uso desse medicamento veterinário. “Vamos obrigar os fabricantes a colocar o prazo de carência em destaque na embalagem”, afirmou. Segundo ele, atualmente a informação aparece apenas na bula dos medicamentos, o que não resolve.
Edição: João Carlos Rodrigues