Wellton Máximo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Conselho Monetário Nacional (CMN) ampliou em R$ 6 bilhões a linha de crédito para aquisição de bens de capitais – usados na produção – operada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A linha, que contava com R$ 12 bilhões, agora terá R$ 18 bilhões disponíveis.
Além de ampliar os recursos, o CMN determinou que parte dos empréstimos da linha de crédito seja usada na compra de equipamentos para as usinas hidrelétricas. Dos R$ 18 bilhões, o BNDES terá de destinar R$ 7 bilhões para o setor elétrico.
A medida beneficiará as usinas em obra, como as hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, no Rio Madeira, em Rondônia. A decisão também favorecerá a construção da Usina de Belo Monte, no Pará, caso o leilão do empreendimento seja autorizado.
As hidrelétricas terão ainda condições especiais de crédito. Os financiamentos para as obras das usinas pagarão juros de 5,5% ao ano, maiores que os 4,5% cobrados dos outros setores. O tomador, no entanto, terá mais tempo para começar a pagar o empréstimo porque o prazo de carência será de 110 meses – nove anos e dois meses.
O CMN também favoreceu os setores portuário, de petróleo e gás, a indústria naval e de transportes. O prazo de carência oferecido pelo BNDES subiu de três a 36 meses nos financiamentos acima de R$ 100 milhões. Anteriormente, esse intervalo era de três a 24 meses.
Edição: Aécio Amado