Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – Um encontro reuniu hoje (14), na capital fluminense, cerca de 200 empresários do Brasil, da Rússia, China, Índia e África do Sul, para discutir oportunidades de negócios nos cinco países. O encontro empresarial Bric-Ibas (siglas para Brasil, Rússia, Índia e China e para Índia, Brasil e África do Sul) foi uma espécie de preparação para as reuniões de Cúpula do Bric e do Ibas, que serão realizadas amanhã (15) e sexta-feira (16), em Brasília.
As reuniões de empresários se concentraram nas oportunidades dos setores de energia, tecnologia da informação, infraestrutura e agropecuária. Transportes e estrutura urbana também foram destaque. O vice-presidente do Banco de Desenvolvimento da Rússia, Sergey Vasiliev, destacou que há grande espaço para investimentos públicos em seu país, em setores como expansão de rodovias e de aeroportos e a melhoria da infraestrutura das cidades, já que os recursos públicos não são suficientes para dar conta de tanto investimento. “Nossos principais investimentos estrangeiros vêm da Europa. Acho que poderíamos ter mais parceiros do Bric”, avaliou.
O brasileiro Carlos Hermanny, do Grupo Odebrecht, disse que a infraestrutura brasileira não tem acompanhado o crescimento da economia, mas que há a intenção do governo federal em fazer grandes investimentos em áreas como ferrovias, aeroportos, hidrovias e estrutura urbana, principalmente por causa da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016.
O ministro do Comércio e das Indústrias da Índia, Anand Sharma, afirmou que o comércio entre os cinco países tem grande potencial de crescimento. “Juntos, temos forças tremendas e oferecemos oportunidades infindáveis para nossas empresas”, disse o ministro, no encerramento do encontro.
Nas discussões sobre o setor agropecuário, a questão da segurança alimentar foi um dos temas abordados pelos empresários. Zhang Wei, do Conselho de Promoção ao Comércio Exterior da China (CCPIT), defendeu que os países do Bric e do Ibas troquem informações para evitar grandes altas nos preços dos alimentos, como aconteceu recentemente. “A segurança alimentar é importantíssima para os países emergentes porque uma alta de preços desses produtos afeta a estabilidade das nações”, disse.
O ministro da Indústria e Comércio da África do Sul, Rob Davies, destacou a importância dos países emergentes no novo cenário da economia mundial pós-crise. “Estamos apenas no início de uma jornada”, disse o ministro sul-africano.
Edição: Lana Cristina