Participantes reclamam da falta de transporte em acampamento da juventude

28/01/2010 - 15h35

Isabela Vieira
Repórter da Agência Brasil
Porto Alegre - A distância entre o acampamento da juventude, instalado naárea rural de Novo Hamburgo, a 40 quilômetros de Porto Alegre, temcomprometido a participação dos jovens nos principais debates do Fórum SocialMundial (FSM), na capital. A organização pretende negociar com empresasde ônibus uma forma de diminuir o intervalo entre os coletivos, disse hoje (28) o coordenador de transportes doacampamento, Ênio Brizola, que recebeu queixas de estudantes emilitantes, nos últimos dias. “As empresas têm disposição para diminuirde meia em meia hora para vinte em vinte minutos, os intervalos. Vamosmonitorar os horários para tentar resolver esses problema”, afirmou.Osacampados em Novo Hamburgo contam com ônibus de linha e mais 45 vagasem três ônibus que, gratuitamente, levam os participantes até a estaçãode trem mais próxima, de onde eles partem para Porto Alegre.“Conversamos com o metrô para diminuir o preço das passagens ou tambémdiminuir os intervalos das composições, mas eles não responderam”,informou Brizola.Além da falta de ônibus, as estudantes cariocasMariana Camargo, 19 anos, e Tania Regina Prado, 18 anos, reclamamda escassez de informações sobre o horário que os ônibus partem daestação do trem para o acampamento. “Só tem de duas em duas horas enós acabamos perdendo atividade porque o ônibus lotou na nossa vez deentrar”, disse Mariana. As queixas ao sistema de transporte do acampamento,porém, não são unânimes. Vários estudantes contaram que não estão comproblemas, como é o caso dos estudantes de Porto Alegre JonathanCavalheiro, 26 anos, e Vinicius Schneider, 22 anos, que preferiramficar no alojamento para participar das atividades fora da capital.“Osatrasos são toleráveis em um acampamento para 3 mil pessoas”,destacou Cavalheiro. Na opinião deles, há ônibus suficientes. “Aspessoas que não se programam. Chegam em cima da hora e perdem oônibus”, disse. “As pessoas sabiam que ia ser assim está no site hámeses. Quem veio fazer turismo, ficou decepcionado”, completouSchneider. A descentralização das atividades do fórum entrecidade da região metropolitana aumentou a procura por transporte, naopinião da estudante Beatriz Rosso, 20 anos. Consciente da distânciado local do acampamento para as mesas de debates na capital, ela só reclamado preço dos bilhetes de trem. “Acho que a organização poderia tentarbaixar o tiquete, que custa R$ 1,70.”